quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O ouro olímpico não é importante?

Na manhã de ontem (terça, 14), o técnico Mano Menezes anunciou os convocados para mais um amistoso da seleção de Ricardo Teixeira, contra a Bósnia, na Suíça (risos). Pois bem, deixemos esse fato comum de lado para nos ater a um fato. Dos 23 convocados, apenas 8 têm idade olímpica. São eles: Rafael, Alex Sandro, Danilo, Sandro, Paulo Henrique Ganso, Lucas, Leandro Damião e Neymar. Já não teria passado a hora de se ter em mente a equipe que vai para os Jogos Olímpicos e prepará-la para a disputa?

Mano, na coletiva de ontem.
(Foto: Antonio Lacerda / EFE)

Estamos a apenas cinco meses do início dos Jogos Olímpicos de Londres e, até hoje, o Brasil não tem uma noção de qual será a seleção olímpica. Não sabe quem vai, não sabe se vai levar jogadores acima dos 23 anos, não sabe nada. E não sabe porque não quer saber. Ontem na entrevista coletiva após a convocação para o amistoso de daqui a duas semanas, o técnico Mano Menezes disse, em outras palavras, que ainda é cedo para se pensar na equipe olímpica."Vamos intensificar esta preparação em maio e junho". Assim não dá.

O grande problema é que a disputa do ouro olímpico não é encarada como importante pelos comandantes do futebol do Brasil. Se assim o fosse, a base já estaria pronta, a equipe reunida e se preparando para os jogos que vem aí. 

Não estou dizendo que o Brasil não vai ganhar, mas precisa de um pouco mais de interesse. Desse jeito, o sonho do ouro olímpico ficará para o Rio de Janeiro, em 2016. 

Abraço,
João Vitor Cirilo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

É impressionante como as coisas são feitas em nosso país

Realmente é impressionante como as coisas são feitas no Brasil.

Há alguns meses atrás, falei em nosso programa na "Rádio B.A." do Boleiros da Arquibancada sobre o alto valor que, provavelmente, os clubes mineiros teriam que desembolsar se quisessem jogar no Mineirão, devido à privatização do estádio. Pois bem. Ontem à noite surge a noticia de que o Atlético Mineiro negocia (ou já negociou, pelo visto) a exclusividade do estádio Independência (foto), que está tendo suas obras concluídas. Obras essas que foram realizadas com dinheiro público. Esse é um ponto.

Como tudo em 'nosso' país, os estádios para a Copa do Mundo estão sendo feitos com dinheiro público, em quase sua totalidade. A discussão se é legal ou não já rendeu bastante e ficou por isso mesmo. Agora, surge outro ponto. Se o estádio é feito com dinheiro público, ele deveria ser de quem? Do Estado, ora bolas. Meu, de você que lê esse blog, ou de qualquer outro cidadão que contribuiu para a construção dos mesmos. Mas, no Brasil, não. Aqui o governo investe o dinheiro público (que nunca é pequeno), arca com as despesas e, sem mais nem menos, repassa o estádio para uma empresa da iniciativa privada, que fica com grande parte dos lucros por um período longo e negocia a participação de outros, no caso, os clubes, com quem quiser. É como se você construísse uma coisa qualquer e cedesse ao seu vizinho (ou ao seu colega, sei lá), de presente. É uma aberração. Se não é lucrativo a quem construiu, qual o objetivo de repassar o estádio para essas empresas?

Essa história de o Atlético ter exclusividade no Independência se deve a isso. A BWA (empresa responsável por venda de ingressos) terá 45% dos lucros, assim como o Atlético, que fechou o contrato com a mesma para que mande suas partidas lá. Naturalmente, sabemos que a média de público do Atlético é maior em relação aos outros clubes e, talvez seja esse o objetivo da BWA em fechar com o Galo. O Atlético, como não é bobo, negociou com a empresa e pode lucrar com isso, pois vai poder fazer o projeto de sócio torcedor com valores abusivos de ingresso, provavelmente. É bom deixar claro que eu não disse aqui que o Atlético está certo. Não está mesmo. O clube será outro que vai lucrar nas costas do estado. Mas o que me assusta é como esse tipo de ação é promovida com naturalidade em nosso país. A empresa da iniciativa privada não retirou uma moeda do bolso e, sem mais nem menos, fica com o lucro de quase metade do estádio. As empresas é que convidarão X ou Y para jogar num estádio que passará a ser dela! Não, isso está errado. Aqui em Minas, por exemplo, o governo ficaria com apenas 5% dos lucros. O América, clube que arrendou o estádio anteriormente, terá os outros 5%.

Privatização de coisa púbica. Se é ilegal, eu não sei. Mas que é imoral, ah, isso é.

Foto: Sylvio Coutinho / Divulgação

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Ai, se eu te piso"

E a história do pisão de Pepe em Messi ainda rende. Assistindo ao Sportscenter com Paulo Amigão e Antero Greco na ESPN na noite de ontem, descobri a figura de Fermí Fernández.

Caracterizado de Pepe, ele canta "Ai, se eu te piso", numa versão da música de Michel Teló direcionada a Messi e Fábregas. Espetacular. Assista:


Melhor é a aparição de Mourinho após a música. haha