Publicado na edição 52 do Jornal Lince (clique e confira o jornal completo).
Foto: Fiba/Divulgação |
Felício
foi uma das gratas revelações da última temporada do Novo Basquete Brasil e
viajou aos Estados Unidos em busca de um sonho: jogar na NBA, liga de basquete
profissional mais importante do mundo. O jovem atleta conversou conosco no mês
de novembro, quando assinou seu contrato com a universidade. Ele nos falou de sua
trajetória no basquete, suas passagens anteriores por outros clubes, e o desejo
inicial de chegar em território americano.
O começo
Felício
teve o primeiro contato com o basquete aos 12 anos de idade, quando já chamava
a atenção pela sua altura. "O professor de Educação Física me chamou para
praticar o esporte, eu acabei gostando e não parei mais. Tornar-me um jogador
não era meu principal objetivo no começo, mesmo porque eu não levava o basquete
tão a serio", conta. As coisas mudaram quando ele foi para Jacareí, aos 15
anos. "Ali eu percebi que poderia me tornar um jogador. Desde lá eu
mantive e mantenho até hoje este objetivo."
Antes
de chegar ao Minas Tênis Clube, equipe onde chamou a atenção de muitos,
Cristiano Felício passou por Pindamonhangaba e Jacareí, em 2006. As
dificuldades impediram sua permanência na primeira cidade. "Me disseram
que não poderiam ficar comigo, pois não tinham alojamento para os atletas. Como
eu não tinha condições para bancar uma moradia, pensei que a estrada para mim
tinha acabado ali".
Com
condições melhores em Jacareí, Cristiano conseguiu passar no teste e por lá
ganhou certo destaque. Em 2007, a primeira convocação para a seleção brasileira
(categoria de base), onde encontrou com quem seria seu futuro treinador no
Minas, Raul Togni Filho. "Depois de retornar ao paulista, estava em casa
no meio do ano e recebi uma ligação do Flávio Davis para fazer um teste no
Minas em 2009. Acabei ficando", revela o promissor atleta.
Com o novo contrato na mão.
(Foto: Arquivo pessoal)
Do Minas para os Estados Unidos
A
passagem pelo clube da capital mineira foi muito proveitosa. "Foi
incrível. O tanto que aprendi com cada técnico que tive foi uma experiência
inexplicável. Desde o meu primeiro treinador, Flávio Davis, passando pelo
Nestor Garcia e chegando ao Raul Togni, que sempre foi o meu técnico na
categoria de base, e o Cristiano Grama, no último ano, o Minas foi essencial
para tudo o que conquistei na minha vida como jogador de basquete até
agora", avalia o jogador.
Após
se destacar na temporada 2011/2012 do Novo Basquete Brasil, Cristiano resolveu
partir para os Estados Unidos. "Posso te dizer que sempre foi um sonho e
sempre busquei correr atrás dele todos os dias. Mas só comecei a pensar
realmente nisso depois que acabou o meu vínculo com o Minas. Decidi que essa
era a hora certa de estar vindo pra cá”.
Os
próximos objetivos são claros. "A primeira meta é ir muito bem na
Universidade no meu primeiro ano e no próximo para poder chegar à NBA daqui a
dois ou três anos. Espero sempre seguir com a seleção brasileira. 2016 é uma
outra meta que estarei trabalhando para alcançar. Representar
meu país em casa será maravilhoso", completa Cristiano Felício.
Fã
do ala Kevin Garnett e torcedor do Boston Celtics, o jovem já sonha com a
possibilidade de jogar ao lado do ídolo. "Se isso chegar a acontecer,
seria fantástico, jogar ao lado do meu ídolo e no time que sempre torci".