sábado, 8 de outubro de 2011

Ontem, o clássico das multidões. Hoje, o dos desesperados. Quer saber? Bem feito.

Coelho e Galo formaram um dos clássicos mais tradicionais desse país. Antigamente, o duelo era chamado de "clássico das multidões". Atlético e América já dividiram, um dia, a hegemonia deste estado. Quem viu essas duas equipes ao longo da história, não imaginaria ver o cenário atual. Ambas se enfrentam logo mais. E, hoje em dia, um jogo desses não merece mais ser chamado de "clássico". Não apenas pelo momento de ambas as equipes, mas pela forma pela qual as mesmas são tratadas por suas diretorias.

A semana de América e Atlético teve como fato mais importante uma briga por ingressos, motivada pela forma como a diretoria do Galo tratou os torcedores americanos no primeiro turno. Desrespeitou? Sim, desrespeitou. Atitude digna de um apequenado do futebol, como vem se tornando o Galo. Nessa semana, a diretoria americana resolveu dar o troco. Disse que iria ceder apenas 1800 ingressos para o torcedor atleticano. Tudo certo dentro da lei, mas o que soou como uma afronta para a diretoria do Atlético, que rejeitou os 10% de ingressos. 190 entradas foram disponibilizadas para o "visitante" Atlético.

Resultado: até ontem, 117 entradas foram adquiridas pelo torcedor, num geral. Quer saber? Bem feito. Ainda bem que teremos menos de 1000 torcedores no estádio hoje. Esse pessoal não merece o apoio do torcedor já revoltado com o amadorismo de certos dirigentes de nossos clubes.

A prioridade num momento como esse é outra. Qual o problema de a diretoria do América (ou do Atlético, no primeiro turno) liberarem as entradas normalmente? O momento é de união e não de briguinhas motivadas por um fanatismo besta. É por motivos como esse que não podemos mais chamar América e Atlético de grandes equipes. O América já não o é há tempos. O Atlético se tornou um mediano.

Já entristecido com esse momento, não espero nada mais do que um empate no dia de hoje, coroando o momento melancólico do futebol mineiro. Me parece necessária uma queda das três equipes do estado (incluo o Cruzeiro nessa história). Se as diretorias plantaram, terão que colher e, no momento, não merecem a permanência na primeira divisão.

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