Um ano de muito trabalho e muitas realizações. 2012 para mim foi um ano incrível.
Iniciei minha caminhada rumo à formação nos cursos de Rádio e Televisão e Comunicação Social (Jornalismo), mantive e expandi meu trabalho no Boleiros da Arquibancada e ganhei novas experiências, como as primeiras participações em programa televisivo (Rede Social Esporte Clube, da BH News TV. Agradecimento à amiga Bárbara Vasconcelos pela oportunidade).
O crescimento profissional também me deu a oportunidade de conhecer novas pessoas e ambientes, e fazer vários novos amigos.
Não tenho nada a reclamar dessa "temporada". Só a agradecer. Aos amigos, professores, familiares e àqueles que diariamente nos dão forças.
Gigante esse 2012.
Que façamos de 2013 um ano ainda melhor.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Para coroar um excelente ano
2012 foi um grande ano para o Atlético Mineiro. Depois de muito tempo, o clube brigou por objetivos sonhados pelos torcedor durante toda a temporada. Encerrou o Brasileirão como vice-campeão, conquistando a vaga direta para a Taça Libertadores da América e, de quebra, batendo o maior rival na última rodada. Melhor campanha do clube na famosa era dos pontos corridos.
Nem o mais otimista dos torcedores alvinegros imaginaria um final assim para a equipe que, apesar de ter sido campeã mineira invicta, não apresentava o futebol desejado naquela época.
Com o início do Brasileiro e, sobretudo, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, isso mudou. O Atlético passou a apresentar bom futebol, com eficiência nas bolas paradas, jogadas em velocidade e qualidade. A chegada de outros atletas como Jô, querendo ou não, também foi importante, tendo visto que o clube não tinha o chamado "homem de referência". Apesar de não fazer muitos gols, ele tinha o seu papel. Sempre com a dura missão de jogar de costas para os zagueiros, muitas vezes conseguia se virar. Em outras, não, esbarrando em sua própria limitação técnica, o que é normal.
Uma das provas da evolução do Galo é que o time teve vários atletas lembrados como os melhores da temporada. Tem a melhor dupla de zaga do país, formada por Léo Silva e Réver; tem excelentes laterais, sobretudo Marcos Rocha pela direita; Victor chegou para dar tranquilidade no gol; Pierre virou o cão de guarda; Bernard se transformou na revelação do campeonato; Ronaldinho voltou a ser respeitado como o grande jogador que é.
Nesta temporada, foram apenas sete derrotas. Isso mesmo. SETE. Já são 15 meses sem perder em casa. Cuca é o primeiro técnico desde 1991 a permanecer por pelo menos um ano inteiro no comando do clube. Após o 6x1 sofrido para o Cruzeiro no último jogo da temporada passada, natural era que vários atletas fossem despedidos e, junto a eles, o treinador, como em várias outras oportunidades foi verificado não só no Atlético como em vários clubes do nosso futebol. O presidente Alexandre Kalil fez o contrário. O Galo provou que apostar em uma sequência de trabalho é um dos primeiros passos rumo ao sucesso.
A tendência é que o crescimento continue. Se o título não veio agora, provavelmente ele virá no (s) próximo (s) ano (s).
Coluna publicada também no BOLEIROS DA ARQUIBANCADA.
Nem o mais otimista dos torcedores alvinegros imaginaria um final assim para a equipe que, apesar de ter sido campeã mineira invicta, não apresentava o futebol desejado naquela época.
Com o início do Brasileiro e, sobretudo, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, isso mudou. O Atlético passou a apresentar bom futebol, com eficiência nas bolas paradas, jogadas em velocidade e qualidade. A chegada de outros atletas como Jô, querendo ou não, também foi importante, tendo visto que o clube não tinha o chamado "homem de referência". Apesar de não fazer muitos gols, ele tinha o seu papel. Sempre com a dura missão de jogar de costas para os zagueiros, muitas vezes conseguia se virar. Em outras, não, esbarrando em sua própria limitação técnica, o que é normal.
O craque reencontrou seu bom futebol.
(Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Nesta temporada, foram apenas sete derrotas. Isso mesmo. SETE. Já são 15 meses sem perder em casa. Cuca é o primeiro técnico desde 1991 a permanecer por pelo menos um ano inteiro no comando do clube. Após o 6x1 sofrido para o Cruzeiro no último jogo da temporada passada, natural era que vários atletas fossem despedidos e, junto a eles, o treinador, como em várias outras oportunidades foi verificado não só no Atlético como em vários clubes do nosso futebol. O presidente Alexandre Kalil fez o contrário. O Galo provou que apostar em uma sequência de trabalho é um dos primeiros passos rumo ao sucesso.
A tendência é que o crescimento continue. Se o título não veio agora, provavelmente ele virá no (s) próximo (s) ano (s).
Coluna publicada também no BOLEIROS DA ARQUIBANCADA.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
"Papo de música": Pop Rock em Minas Gerais
Durante o curso de Rádio e Televisão no Centro Universitário Newton Paiva, várias produções foram feitas por nós, alunos (atualmente completando o segundo de três períodos), incluindo spots, jingles, vídeos, áudios e outras produções sobre vários temas. Muitas delas podem ser conferidas no blog da turma, o Conexão RTV.
Desta vez, a professora Fernanda Castro nos orientou na produção de um áudio sobre música mineira, tema muito prazeroso de ser abordado. Nosso grupo, formado por Dayane Dayse, Kátia Marques e Pedro Moreira, além deste que vos escreve, falou sobre o pop rock no nosso estado. Confira o trabalho abaixo:
Como você já conferiu no áudio acima, bati um papo com Gleyson Fonseca, vocalista da banda Carne Nua, daqui de Belo Horizonte. Aproveite para conferir na íntegra a conversa e conhecer um pouco mais sobre o bom trabalho.
Desta vez, a professora Fernanda Castro nos orientou na produção de um áudio sobre música mineira, tema muito prazeroso de ser abordado. Nosso grupo, formado por Dayane Dayse, Kátia Marques e Pedro Moreira, além deste que vos escreve, falou sobre o pop rock no nosso estado. Confira o trabalho abaixo:
Como você já conferiu no áudio acima, bati um papo com Gleyson Fonseca, vocalista da banda Carne Nua, daqui de Belo Horizonte. Aproveite para conferir na íntegra a conversa e conhecer um pouco mais sobre o bom trabalho.
Aproveite para conferir mais sobre a banda no site oficial: www.carnenua.com.br .
O clipe da música "Epílogo" acabou de sair. Confira:
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Minas nas quadras
Fim de semana marca o início das disputas no Novo Basquete Brasil e na Superliga
de vôlei, torneios que têm vários representantes mineiros.
Se o basquete vem em recente crescimento, o vôlei já passa por isso há certo tempo. Tradicional celeiro do esporte, Minas Gerais conta com vários representantes nas competições feminina e masculina. Entre as mulheres, Usiminas/Minas e Banana Boat/Praia Clube estão na disputa. Já do lado masculino, Sada Cruzeiro, Vivo/Minas e Universidade Federal de Juiz de Fora buscam mais um título para Minas Gerais.
Novembro
é o mês em que as principais competições de basquete e vôlei do país abrem mais
uma temporada. O Novo Basquete Brasil, torneio masculino, e a Superliga de
vôlei, para mulheres e homens, começam no próximo fim de semana, contando
com vários representantes mineiros na disputa.
Novo Basquete Brasil
Em
ascensão no país, o basquete, mais organizado sob o comando da Liga Nacional de
Basquete, terá a quinta edição do NBB, o Novo Basquete Brasil. A temporada
2012/2013 contará com o maior número de equipes em relação às outras edições.
Serão 18 times de vários cantos da nação em busca de um único objetivo: o topo
do basquetebol brasileiro. Minas Gerais conta com dois representantes: a
Icatu/Minas, de Belo Horizonte, e o Unitri/Universo, de Uberlândia.
Novas caras do Minas para 2012/2013.
(Foto: Minas TC)
Terceiro
colocado em 2009 e quarto melhor time em 2010, o Minas Tênis Clube não foi bem
na temporada passada. O tradicional clube da capital mineira foi o 13º colocado
na primeira fase e não avançou aos playoffs. "Fizemos o melhor que
podíamos dentro das possibilidades e capacidade da equipe. Jogamos de igual
para igual com quase todos, mas infelizmente o perfil da equipe pela juventude
e personalidade não nos fez chegar longe. Foi um grande aprendizado para
todos", diz Raul Togni, técnico da Icatu/Minas.
Porém,
de tudo se tira algo positivo. Bons atletas foram revelados. Nos últimos anos,
nomes como o de Raulzinho, hoje no Lagun Aro, do basquetebol espanhol, e na
seleção brasileira, foram mostrados. No último campeonato, quem apareceu foi o
ala Bruno, que tem passagens por seleções de base e segue no elenco, e o pivô
Cristiano Felício, que acertou neste mês com a Universidade de Oregon (Estados
Unidos) e disputará a NCAA (liga americana de basquetebol universitário) na
temporada que vem.
Junto
à parceira Icatu Seguros, o Minas acertou um acordo de quatro anos, o que
possibilitou a montagem de uma equipe mais forte para esta temporada e também
abre possibilidades de um projeto a longo prazo. "Apesar de ser uma
parceria de quatro anos, ela é reavaliada a cada ano. Assim, não sei bem ao
certo o que teremos em mãos para formar a equipe na próxima temporada. Meu foco
é nessa competição", afirma Raul.
"A
equipe formada veio de encontro ao que estava disponível no mercado. Fiquei
satisfeito. Se houvesse possibilidade, o que não há, traria outros jogadores,
mas com isso os garotos não teriam nenhuma oportunidade, e a presença deles é
muito importante dentro da filosofia que tentamos implantar”, completa o
técnico do Minas.
Equipe
mais forte do basquete mineiro na atualidade, o Unitri/Universo traz na bagagem
mais um título local para entrar embalado no NBB 5. Após bater o Minas por dois
jogos a zero na final do estadual 2012, o time agora comandado pelo experiente
Hélio Rubens quer brigar forte pelo primeiro título do campeonato nacional. Na
temporada passada, a equipe uberlandense caiu nas quartas de final, quando foi
derrotado pelo Flamengo por três jogos a dois, numa série muito equilibrada.
Superliga de Vôlei
Se o basquete vem em recente crescimento, o vôlei já passa por isso há certo tempo. Tradicional celeiro do esporte, Minas Gerais conta com vários representantes nas competições feminina e masculina. Entre as mulheres, Usiminas/Minas e Banana Boat/Praia Clube estão na disputa. Já do lado masculino, Sada Cruzeiro, Vivo/Minas e Universidade Federal de Juiz de Fora buscam mais um título para Minas Gerais.
Grande
favorito a mais uma conquista, o Sada Cruzeiro é a equipe mais forte no torneio
para homens. Além do estadual, o time azul acabou de conquistar o título do
Sul-Americano e foi vice-campeão do Mundial ao ser batido na final pelo
Trentino, da Itália, atual tetracampeão. Com a conquista da Superliga
2011/2012, o Cruzeiro comprovou o sucesso da montagem e manutenção de uma
equipe que, em sua maioria, já joga junta há praticamente três temporadas. Para
levantar o troféu mais uma vez, o forte grupo segue junto, assim como os
torcedores, que sempre lotam o Ginásio do Riacho, em Contagem, onde o clube
manda seus jogos.
Sada Cruzeiro vai em busca do bicampeonato da Superliga.
(Foto: sadacruzeiro.com.br)
O
Vivo/Minas busca mais uma Superliga. O Minas Tênis Clube, uma das agremiações
mais tradicionais do Brasil no esporte, tem sete conquistas nacionais (três
quando o torneio ainda se chamava Campeonato Brasileiro e quatro Superligas), e
encerrou a temporada passada como terceiro melhor clube. Para tentar mais um
caneco, o time conta com a chegada do treinador argentino Horacio Dileo e reforços
de atletas como o também “hermano” Rodrigo Quiroga, além da manutenção de boa
parte do elenco. Nomes como os experientes Marcelinho e Henrique, outrora
integrantes da seleção brasileira, além de Lucarelli, da nova boa safra do
voleibol nacional, seguem na equipe.
Mal
na temporada passada, a Universidade Federal de Juiz de Fora tenta melhor
desempenho em 2012/2013. O time juiz-forano é o que tem menos condições
financeiras entre os mineiros, mas quer provar que tem potencial para
surpreender. O elenco comandado pelo técnico Maurício Bara foi o vice-lanterna
na Superliga 2011/2012.
No
feminino, o Minas Tênis tem duas conquistas: uma em quando o torneio se chamava
Liga Nacional (1992/1993, como L'Acqua di Fiori/Minas) e outra já na "era
Superliga" (2001/2002, como MRV/Minas). Agora como Usiminas/Minas, o clube
não é favorito ao título, como outras oito equipes não são. A supremacia de
Osasco (Sollys/Nestlé) e Rio de Janeiro (Unilever) dura dez temporadas, com
cinco conquistas para cada lado.
O
outro representante mineiro na competição feminina é o Banana Boat/Praia Clube,
de Uberlândia, time comandado pelo técnico Spencer Lee. Na temporada passada, o
Praia foi o sexto colocado, e pretende ir além em 2012. Manteve boas peças e reforçou
seu elenco com jogadoras importantes, como a ponteira cubana Herrera, ex-atleta
do Minas, e a experiente central americana Danielle Scott, de 40 anos, que representa
a seleção americana desde 1994.
A
partir do dia 23 de novembro, os olhares dos torcedores mineiros estarão
voltados para as quadras de Belo Horizonte, Contagem e Uberlândia, cidades onde
o Novo Basquete Brasil e a Superliga de Vôlei serão realizados. Vamos torcer!
No Boleiros da Arquibancada você confere as tabelas de jogos e as classificações das duas competições em páginas especiais. Acesse aí: http://boleirosdaarquibancada.com/ .
No Boleiros da Arquibancada você confere as tabelas de jogos e as classificações das duas competições em páginas especiais. Acesse aí: http://boleirosdaarquibancada.com/ .
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Coluna: Menos paixão, por favor
Coluna publicada no Boleiros da Arquibancada.
O Cruzeiro Esporte Clube passa por um momento turbulento nos bastidores, o que é refletido dentro das quatro linhas. Algumas posturas da fraca diretoria, muitas vezes omissa, faz com que surja a revolta dos torcedores. Enquanto isso, o trabalho questionável do treinador Celso Roth prossigue. Por essa série de fatores, são totalmente aceitáveis as reclamações por parte da torcida. O que não é aceitável é a paixão sobrepondo a razão.
Como já é claro e evidente que Roth não seguirá no comando do time azul, Marcelo Oliveira, que pediu pra sair do Vasco na última semana, surge como ótimo nome para assumir o cargo. Porém, "meia dúzia" de torcedores, que fizeram barulho, não concordam com a possível chegada do bom treinador. E o único motivo que vejo para essa rejeição é o fato de Marcelo ter uma história escrita no Atlético Mineiro, como atleta e treinador.
Marcelo já provou ser um grande treinador em seu belo trabalho no Coritiba, onde comandou um time sem estrelas que surpreendeu a muitos. Ele já mostrou que sabe trabalhar com poucos recursos, situação que seria encontrada na Raposa. Marcelo, com boa experiência em categorias de base (foi por muitos anos o treinador na base do Galo), encontraria no Cruzeiro vários bons garotos que merecem chance.
Parece que o barulho feito pela manifestação de alguns torcedores do Cruzeiro, que chegaram a pedir a saída imediata do atual treinador, pode fazer com que a diretoria do time não prossiga com as negociações, que já estavam avançadas. Enquanto isso, nomes como os já rodados Luxemburgo (que pode sair do Grêmio) e Felipão seguem no mercado. Seriam as melhores opções?
Eu sigo preferindo Marcelo.
Confira mais colunas na página especial do "A bola está comigo".
O Cruzeiro Esporte Clube passa por um momento turbulento nos bastidores, o que é refletido dentro das quatro linhas. Algumas posturas da fraca diretoria, muitas vezes omissa, faz com que surja a revolta dos torcedores. Enquanto isso, o trabalho questionável do treinador Celso Roth prossigue. Por essa série de fatores, são totalmente aceitáveis as reclamações por parte da torcida. O que não é aceitável é a paixão sobrepondo a razão.
Marcelo em sua passagem anterior pelo Atlético.
(Foto: Euler Júnior/Estado de Minas/Arquivo)
Marcelo já provou ser um grande treinador em seu belo trabalho no Coritiba, onde comandou um time sem estrelas que surpreendeu a muitos. Ele já mostrou que sabe trabalhar com poucos recursos, situação que seria encontrada na Raposa. Marcelo, com boa experiência em categorias de base (foi por muitos anos o treinador na base do Galo), encontraria no Cruzeiro vários bons garotos que merecem chance.
Parece que o barulho feito pela manifestação de alguns torcedores do Cruzeiro, que chegaram a pedir a saída imediata do atual treinador, pode fazer com que a diretoria do time não prossiga com as negociações, que já estavam avançadas. Enquanto isso, nomes como os já rodados Luxemburgo (que pode sair do Grêmio) e Felipão seguem no mercado. Seriam as melhores opções?
Eu sigo preferindo Marcelo.
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sábado, 6 de outubro de 2012
Mais uma prova
Coluna originalmente publicada no BOLEIROS DA ARQUIBANCADA, no dia 05/10/12.
5 de outubro de 2012. Mais um triste dia para o esporte brasileiro. Dia em que Carlos Arthur Nuzman é reeleito presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. Com mais essa "conquista", Nuzman, já há 17 anos no comando do COB, poderá chegar a 21 à frente da entidade máxima do esporte no nosso país. Quinto mandato consecutivo do presidente que segue tranquilo e sem ser questionado por quem também tem poder.
Seriam 33 votos possíveis na eleição do COB, realizada na manhã desta sexta-feira. Porém, José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e Carlos Luiz Martins, interventor da Confederação Brasileira de Vela e Motor, não compareceram. Assim, foram 31 eleitores, e 30 votaram pela reeleição da chapa única, que tem Carlos Nuzman como presidente e André Gustavo Richer como vice. Nuzman segue no comando do Comitê Olímpico Brasileiro durante o quadriênio 2013/2016.
O poder de influência (ou manipulação, como preferirem) desse senhor é mais uma vez comprovado. Mesmo sofrendo 'milhares' de denúncias pesadas com certa frequência _ desde roubo de informações a gastos excessivos e não justificados de verba pública _ , Nuzman segue firme e forte e se perpetuando no poder, contando com o apoio de (quase) todas as confederações. Eu disse "quase", porque a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), presidida por Eric Maleson, foi a única a manifestar voto contra à permanência do mandatário do esporte brasileiro por mais quatro anos.
A denúncia da semana foi veiculada no canal ESPN, vinda da CBDG. Maleson, presidente da entidade, afirmou que a federação é perseguida, porque não apoia o COB e seu presidente. Entre outras mostras de poder por parte da entidade, a sede da CBDG foi invadida no fim do ano passado por membros do Comitê Olímpico Brasileiro. Nessa semana, a ESPN veiculou a série de reportagens "No mundo encantado do COB", fazendo denúncias como essa. Entenda melhor toda a trama assistindo às reportagens da série.
Essa é apenas mais uma prova de que (a maioria de) nossas confederações esportivas, seus presidentes e nosso governo não se importam com o esporte. A esperança é que, assim como aconteceu com Ricardo Teixeira, ex-comandante do futebol brasileiro, o mandatário olímpico em nosso país possa ser derrubado em breve.
Que denúncias e cobranças continuem aparecendo, para que o esporte e, sobretudo, os atletas possam ser realmente valorizados em nosso país. Que, um dia, ninguém tenha a possibilidade de reduzir a importância do esporte e fazer dele apenas "seu meio de vida", como disse o jornalista Juca Kfouri em uma das reportagens do canal de TV paga.
Parabéns a todos os envolvidos e, evidentemente, ao governo brasileiro, que teria a obrigação de intervir em situações assim, através do Ministério do Esporte.
Confira mais colunas clicando aqui.
5 de outubro de 2012. Mais um triste dia para o esporte brasileiro. Dia em que Carlos Arthur Nuzman é reeleito presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. Com mais essa "conquista", Nuzman, já há 17 anos no comando do COB, poderá chegar a 21 à frente da entidade máxima do esporte no nosso país. Quinto mandato consecutivo do presidente que segue tranquilo e sem ser questionado por quem também tem poder.
Seriam 33 votos possíveis na eleição do COB, realizada na manhã desta sexta-feira. Porém, José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e Carlos Luiz Martins, interventor da Confederação Brasileira de Vela e Motor, não compareceram. Assim, foram 31 eleitores, e 30 votaram pela reeleição da chapa única, que tem Carlos Nuzman como presidente e André Gustavo Richer como vice. Nuzman segue no comando do Comitê Olímpico Brasileiro durante o quadriênio 2013/2016.
Palmas aos envolvidos.
(Foto: John Gichigi/Getty Images)
O poder de influência (ou manipulação, como preferirem) desse senhor é mais uma vez comprovado. Mesmo sofrendo 'milhares' de denúncias pesadas com certa frequência _ desde roubo de informações a gastos excessivos e não justificados de verba pública _ , Nuzman segue firme e forte e se perpetuando no poder, contando com o apoio de (quase) todas as confederações. Eu disse "quase", porque a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), presidida por Eric Maleson, foi a única a manifestar voto contra à permanência do mandatário do esporte brasileiro por mais quatro anos.
A denúncia da semana foi veiculada no canal ESPN, vinda da CBDG. Maleson, presidente da entidade, afirmou que a federação é perseguida, porque não apoia o COB e seu presidente. Entre outras mostras de poder por parte da entidade, a sede da CBDG foi invadida no fim do ano passado por membros do Comitê Olímpico Brasileiro. Nessa semana, a ESPN veiculou a série de reportagens "No mundo encantado do COB", fazendo denúncias como essa. Entenda melhor toda a trama assistindo às reportagens da série.
Que denúncias e cobranças continuem aparecendo, para que o esporte e, sobretudo, os atletas possam ser realmente valorizados em nosso país. Que, um dia, ninguém tenha a possibilidade de reduzir a importância do esporte e fazer dele apenas "seu meio de vida", como disse o jornalista Juca Kfouri em uma das reportagens do canal de TV paga.
Parabéns a todos os envolvidos e, evidentemente, ao governo brasileiro, que teria a obrigação de intervir em situações assim, através do Ministério do Esporte.
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quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Retrospectiva Olímpica
Assim que foi encerrada a edição 2012 dos Jogos Olímpicos, iniciamos a "Retrospectiva Olímpica" na Rádio B.A. do Boleiros da Arquibancada, abordando temas variados de destaque na Olimpíada. Abaixo, confira algumas das matérias que foram ao ar por lá e aproveite para opinar.
terça-feira, 10 de julho de 2012
"The Express"
De volta a este espaço, amigos, depois de certo tempo. Volto com a indicação de um filme. Uma bela história relacionada ao esporte.
A história de Ernest (Ernie) Davis é retratada no filme "No limite - A história de Ernie Davis", ou "The Express", em inglês, filme da Universal Pictures baseado na biografia "Ernie Davis: The Elmira Express", livro de Robert C. Gallagher.
No filme, Rob Brown é Ernie Davis, um jovem atleta de futebol americano, primeiro negro nascido nos Estados Unidos a vencer o Prêmio Heisman (dado ao melhor jogador da temporada do futebol americano universitário).
Ele saiu do Elmira College e chegou ao time da Universidade de Syracuse (Orangemen), onde foi comandado pelo técnico Bem Schwatzwalter, interpretado no filme por Dennis Quaid, e, na função de running back, ajudou seu time a se manter invicto na temporada.
No meio dessa história toda, passada no fim da década de 1950 e início da década de 1960, Ernie teve que superar insultos e imposições racistas para chegar onde chegou. E ele atingiu um de seus objetivos: ser selecionado para o Cleveland Browns, como a primeira escolha do draft da National Football League (NFL), em 1962.
Porém, Ernie não chegaria a atingir seu sonho: jogar na NFL. Ele não disputou uma partida sequer como profissional, pois foi diagnosticado com leucemia, vindo a morrer no ano de 1963.
"Algumas pessoas dizem que eu sou azarado. Eu não acredito nisso. E eu não quero soar como se eu fosse particularmente corajoso ou incomum. Às vezes eu fico pra baixo, e às vezes eu sinto pena de mim mesmo. Ninguém é apenas uma coisa o tempo todo. Mas quando eu olho para trás eu não posso me chamar de azarado. Meu aniversário de 23 anos foi em 14 de dezembro. Nesses anos eu tive mais do que a maioria das pessoas em uma vida."
Quando recebeu a notícia sobre a doença, Davis disse: "Ou você luta ou você desiste. Por um tempo eu estive tão desanimado que eu só iria ficar deitado lá, nem mesmo querendo me mover. Um dia, decidi que iria enfrentar o que eu tinha e tentar vencer.""Algumas pessoas dizem que eu sou azarado. Eu não acredito nisso. E eu não quero soar como se eu fosse particularmente corajoso ou incomum. Às vezes eu fico pra baixo, e às vezes eu sinto pena de mim mesmo. Ninguém é apenas uma coisa o tempo todo. Mas quando eu olho para trás eu não posso me chamar de azarado. Meu aniversário de 23 anos foi em 14 de dezembro. Nesses anos eu tive mais do que a maioria das pessoas em uma vida."
Trailer do filme:
Ernie Davis, um grande exemplo, reconhecido também pelo então presidente John F. Kennedy, que apertou sua mão na cerimônia de entrega do prêmio e enviaria um telegrama a Elmira, na data da celebração dos "feitos" conseguidos por ele, o saudando. Vale a pena assistir ao filme dirigido por Gary Fleder e ler mais sobre Ernest Davis.
O esporte nos proporciona histórias emocionantes como essa.
O esporte nos proporciona histórias emocionantes como essa.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Duas maneiras de se ganhar um jogo
Beleza na maneira de atuar ganha jogo. Tática ganha jogo. Técnica e posse de bola, também. Filosofia ganha (e como ganha) jogo. Mas num esporte tão imprevisível e fantástico como é o futebol também há outra maneira de se derrotar um adversário.
Premiados pelo empenho.
(Foto: Getty Images)
Didier Drogba é um exemplo claríssimo dos fatores que levaram o time à vitória. Ver uma estrela renomada como o marfinense se entregar pelo time como hoje, em alguns momentos atuando como lateral, é algo marcante. Postura totalmente diferente de outro jogador também muito experiente desta equipe inglesa. O Chelsea perdeu seu capitão John Terry, expulso ao agredir o atacante Aléxis Sanchez com uma joelhada nas costas. A falta de comprometimento com o grupo é que nos faz pensar qual a importância de um atleta assim. Antes disso, o Chelsea já havia perdido o zagueiro Cahill, lesionado. A expulsão de Terry poderia comprometer tudo o que foi planejado para a partida.
Também no jogo de hoje, o Chelsea recebeu a confirmação de ter gasto bem os 50 milhões de Libras investidos em Fernando Torres (risos). O atacante espanhol teve estrela, ao substituir o exausto Drogba e, após pressão absurda do Barcelona em busca de seu gol, receber a bola e matar o jogo num contragolpe mortal aos 92 minutos de partida. Esse é o futebol, amigos.
Se existe a oportunidade de haver alguma contestação sobre a qualidade técnica desta equipe do Chelsea, não se pode dizer que esse time não merece. Não existe resultado injusto. Ou melhor, existe sim, quando o árbitro se equivoca e dá um gol em impedimento, ou uma expulsão muda o rumo da partida, ou vários casos que podemos citar. Nesse caso, não. O Chelsea jogou dentro das suas limitações, e merece sim estar na final do torneio interclubes mais importante do nosso futebol, esse esporte incrível.
É importante deixar claro que a superioridade do Barcelona é incontestável. Não é uma derrota que faz esse time deixar de ser o melhor do mundo na atualidade. Messi, por ter jogado mal a partida de hoje e desperdiçado uma penalidade quando o Barcelona vencia por 2 a 1, não deixou de ser um "monstro" dentro das quatro linhas. O Barcelona segue sendo o Barcelona, e derrotas são naturais onde se tem do outro lado uma equipe que também luta pelo mesmo objetivo.
sábado, 31 de março de 2012
Igualdade que engrandece a competição
A atual temporada da Superliga Masculina de Vôlei vem sendo simplesmente espetacular. Não só agora nessa fase final, mas desde o seu início. Grandes jogos, equilíbrio, e muitas equipes de altíssimo nível. Alguns chegam a apontar essa Superliga 11/12 como a melhor de todos os tempos, e sou obrigado a concordar. Não me recordo de uma competição (em qualquer esporte que seja) tão equilibrada como essa.
O que dizer dessa fase quartas de final? Na semana passada, a primeira prova do equilíbrio. O RJX, apesar de ser um time que conta com muitos jogadores de seleção brasileira, e outros com qualidade para serem chamados, fez uma primeira fase irregular. O time comandado pelo técnico Marcos Miranda encerrou a primeira fase em sétimo lugar, com 34 pontos conquistados em 12 vitórias e 10 derrotas. Se pegarmos a base titular dessa equipe (Marlon, Théo, Luiz Felipe Chupita, Dante, Riad e Lucão, além do líbero Alan), não entendemos o porquê de uma fase classificatória cheia de derrotas. Pois bem, o RJX chegou às quartas para encarar o SESI-SP, atual campeão, que encerrou a primeira fase na segunda posição. O RJX comprovou a força do elenco e venceu as duas partidas, ambas por 3 sets a 2, a primeira no ginásio da Vila Leopoldina, e a segunda no Maracanãzinho.
Neste sábado, a outra demonstração de paridade entre as equipes. E uma prova maior ainda, já que nesse primeiro exemplo, o RJX, mesmo tendo feito uma primeira fase abaixo do esperado, tem uma equipe capaz de vencer qualquer partida. Retomando, hoje, Sada Cruzeiro, primeiro da fase classificatória, e BMG/São Bernardo, o oitavo, fizeram a terceira partida das quartas de final. Só de haver a necessidade da disputa de três jogos, já é algo a se destacar. O Cruzeiro, time que apresentou melhor voleibol na primeira fase, chegava como amplo favorito na disputa contra a equipe de São Bernardo do Campo, que resolveu surpreender. No primeiro jogo, Cruzeiro 3 a 0, com tranquilidade. No segundo duelo, São Bernardo fez 3 a 1 em casa e igualou a disputa. No terceiro jogo (e que jogo!), o São Bernardo esteve à frente, mas o Cruzeiro se recuperou e venceu por 3 sets a 2, se garantindo na semifinal. Pra se ter uma ideia do quão equilibrado foi o jogo, o terceiro set terminou com placar de 36/34 para o São Bernardo, equipe que está de parabéns pela fase final que fez.
Falando em igualdade, Cimed/Sky, o Florianópolis, e Vivo/Minas, maiores campeões da Superliga Masculina, também duelaram nessa fase quartas de final. E fizeram três partidas espetaculares, todas com placar final de 3 sets a 2. Por ter terminado a fase classificatória à frente, o time da Cimed teve a vantagem de fazer dois jogos em casa, mas não adiantou. Cimed venceu o primeiro jogo em casa, perdeu o segundo fora e, na noite de ontem, novamente em Florianópolis, deu Minas, o time do tie-break, que jogou 12 jogos nessas condições na temporada e venceu 9 vezes. Prêmio para um gigante chamado Marcelo Fronckowiak, treinador do Minas, e para o grupo espetacular formado pelo Minas Tênis Clube que, dentre as principais equipes, era a que muitos taxaram como azarão. A prova está aí.
As semifinais já estão definidas. De um lado, o Vôlei Futuro, que fez 2 a 0 contra o Medley/Campinas nas quartas, vai encarar o RJX. Do outro lado, Cruzeiro e Minas fazem o clássico.
Preparem-se para fortes emoções, porque essa Superliga ainda vai pegar fogo.
O que dizer dessa fase quartas de final? Na semana passada, a primeira prova do equilíbrio. O RJX, apesar de ser um time que conta com muitos jogadores de seleção brasileira, e outros com qualidade para serem chamados, fez uma primeira fase irregular. O time comandado pelo técnico Marcos Miranda encerrou a primeira fase em sétimo lugar, com 34 pontos conquistados em 12 vitórias e 10 derrotas. Se pegarmos a base titular dessa equipe (Marlon, Théo, Luiz Felipe Chupita, Dante, Riad e Lucão, além do líbero Alan), não entendemos o porquê de uma fase classificatória cheia de derrotas. Pois bem, o RJX chegou às quartas para encarar o SESI-SP, atual campeão, que encerrou a primeira fase na segunda posição. O RJX comprovou a força do elenco e venceu as duas partidas, ambas por 3 sets a 2, a primeira no ginásio da Vila Leopoldina, e a segunda no Maracanãzinho.
Neste sábado, a outra demonstração de paridade entre as equipes. E uma prova maior ainda, já que nesse primeiro exemplo, o RJX, mesmo tendo feito uma primeira fase abaixo do esperado, tem uma equipe capaz de vencer qualquer partida. Retomando, hoje, Sada Cruzeiro, primeiro da fase classificatória, e BMG/São Bernardo, o oitavo, fizeram a terceira partida das quartas de final. Só de haver a necessidade da disputa de três jogos, já é algo a se destacar. O Cruzeiro, time que apresentou melhor voleibol na primeira fase, chegava como amplo favorito na disputa contra a equipe de São Bernardo do Campo, que resolveu surpreender. No primeiro jogo, Cruzeiro 3 a 0, com tranquilidade. No segundo duelo, São Bernardo fez 3 a 1 em casa e igualou a disputa. No terceiro jogo (e que jogo!), o São Bernardo esteve à frente, mas o Cruzeiro se recuperou e venceu por 3 sets a 2, se garantindo na semifinal. Pra se ter uma ideia do quão equilibrado foi o jogo, o terceiro set terminou com placar de 36/34 para o São Bernardo, equipe que está de parabéns pela fase final que fez.
Falando em igualdade, Cimed/Sky, o Florianópolis, e Vivo/Minas, maiores campeões da Superliga Masculina, também duelaram nessa fase quartas de final. E fizeram três partidas espetaculares, todas com placar final de 3 sets a 2. Por ter terminado a fase classificatória à frente, o time da Cimed teve a vantagem de fazer dois jogos em casa, mas não adiantou. Cimed venceu o primeiro jogo em casa, perdeu o segundo fora e, na noite de ontem, novamente em Florianópolis, deu Minas, o time do tie-break, que jogou 12 jogos nessas condições na temporada e venceu 9 vezes. Prêmio para um gigante chamado Marcelo Fronckowiak, treinador do Minas, e para o grupo espetacular formado pelo Minas Tênis Clube que, dentre as principais equipes, era a que muitos taxaram como azarão. A prova está aí.
As semifinais já estão definidas. De um lado, o Vôlei Futuro, que fez 2 a 0 contra o Medley/Campinas nas quartas, vai encarar o RJX. Do outro lado, Cruzeiro e Minas fazem o clássico.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Renunciou, mas não acabaram os problemas
Após passar 23 anos no comando, Ricardo Teixeira deixa a presidência da CBF.
(Foto: Arquivo)
Ricardo Teixeira entregou, nesta segunda-feira (12), uma carta anunciando a sua retirada do comando da Confederação Brasileira de Futebol e também do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. Dessa forma, quem assume o comando dos dois órgãos é José Maria Marin, atual vice-presidente mais velho da CBF.
Teixeira, que era o Presidente da CBF desde o dia 16 de Janeiro de 1989, pediu licença médica de 60 dias do cargo na semana passada, atitude que parecia e se confirmou apenas como uma jogada estratégica. Fora do país, Ricardo Teixeira nem deu as caras nesta segunda.
As perguntas que ficam no ar são: Será mesmo o fim de uma ditadura na entidade máxima do nosso futebol ou apenas uma troca de comando com os mesmos interesses? José Maria Marin, aquele mesmo, político, ex-vereador, deputado, vice-governador e governador de São Paulo ainda na época da Ditadura e foi flagrado pegando uma medalha na cerimônia de premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, é quem assume o comando. Será mesmo essa a grande solução para a CBF? Só o tempo dirá mas, de fato, para que as coisas melhorem, precisaremos de outra troca. Mesmo assim, o otimismo agora, pelo menos, é existente.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
O ouro olímpico não é importante?
Na manhã de ontem (terça, 14), o técnico Mano Menezes anunciou os convocados para mais um amistoso da seleção de Ricardo Teixeira, contra a Bósnia, na Suíça (risos). Pois bem, deixemos esse fato comum de lado para nos ater a um fato. Dos 23 convocados, apenas 8 têm idade olímpica. São eles: Rafael, Alex Sandro, Danilo, Sandro, Paulo Henrique Ganso, Lucas, Leandro Damião e Neymar. Já não teria passado a hora de se ter em mente a equipe que vai para os Jogos Olímpicos e prepará-la para a disputa?
Mano, na coletiva de ontem.
(Foto: Antonio Lacerda / EFE)
Estamos a apenas cinco meses do início dos Jogos Olímpicos de Londres e, até hoje, o Brasil não tem uma noção de qual será a seleção olímpica. Não sabe quem vai, não sabe se vai levar jogadores acima dos 23 anos, não sabe nada. E não sabe porque não quer saber. Ontem na entrevista coletiva após a convocação para o amistoso de daqui a duas semanas, o técnico Mano Menezes disse, em outras palavras, que ainda é cedo para se pensar na equipe olímpica."Vamos intensificar esta preparação em maio e junho". Assim não dá.
O grande problema é que a disputa do ouro olímpico não é encarada como importante pelos comandantes do futebol do Brasil. Se assim o fosse, a base já estaria pronta, a equipe reunida e se preparando para os jogos que vem aí.
Não estou dizendo que o Brasil não vai ganhar, mas precisa de um pouco mais de interesse. Desse jeito, o sonho do ouro olímpico ficará para o Rio de Janeiro, em 2016.
Abraço,
João Vitor Cirilo.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
É impressionante como as coisas são feitas em nosso país
Realmente é impressionante como as coisas são feitas no Brasil.
Há alguns meses atrás, falei em nosso programa na "Rádio B.A." do Boleiros da Arquibancada sobre o alto valor que, provavelmente, os clubes mineiros teriam que desembolsar se quisessem jogar no Mineirão, devido à privatização do estádio. Pois bem. Ontem à noite surge a noticia de que o Atlético Mineiro negocia (ou já negociou, pelo visto) a exclusividade do estádio Independência (foto), que está tendo suas obras concluídas. Obras essas que foram realizadas com dinheiro público. Esse é um ponto.
Como tudo em 'nosso' país, os estádios para a Copa do Mundo estão sendo feitos com dinheiro público, em quase sua totalidade. A discussão se é legal ou não já rendeu bastante e ficou por isso mesmo. Agora, surge outro ponto. Se o estádio é feito com dinheiro público, ele deveria ser de quem? Do Estado, ora bolas. Meu, de você que lê esse blog, ou de qualquer outro cidadão que contribuiu para a construção dos mesmos. Mas, no Brasil, não. Aqui o governo investe o dinheiro público (que nunca é pequeno), arca com as despesas e, sem mais nem menos, repassa o estádio para uma empresa da iniciativa privada, que fica com grande parte dos lucros por um período longo e negocia a participação de outros, no caso, os clubes, com quem quiser. É como se você construísse uma coisa qualquer e cedesse ao seu vizinho (ou ao seu colega, sei lá), de presente. É uma aberração. Se não é lucrativo a quem construiu, qual o objetivo de repassar o estádio para essas empresas?
Essa história de o Atlético ter exclusividade no Independência se deve a isso. A BWA (empresa responsável por venda de ingressos) terá 45% dos lucros, assim como o Atlético, que fechou o contrato com a mesma para que mande suas partidas lá. Naturalmente, sabemos que a média de público do Atlético é maior em relação aos outros clubes e, talvez seja esse o objetivo da BWA em fechar com o Galo. O Atlético, como não é bobo, negociou com a empresa e pode lucrar com isso, pois vai poder fazer o projeto de sócio torcedor com valores abusivos de ingresso, provavelmente. É bom deixar claro que eu não disse aqui que o Atlético está certo. Não está mesmo. O clube será outro que vai lucrar nas costas do estado. Mas o que me assusta é como esse tipo de ação é promovida com naturalidade em nosso país. A empresa da iniciativa privada não retirou uma moeda do bolso e, sem mais nem menos, fica com o lucro de quase metade do estádio. As empresas é que convidarão X ou Y para jogar num estádio que passará a ser dela! Não, isso está errado. Aqui em Minas, por exemplo, o governo ficaria com apenas 5% dos lucros. O América, clube que arrendou o estádio anteriormente, terá os outros 5%.
Privatização de coisa púbica. Se é ilegal, eu não sei. Mas que é imoral, ah, isso é.
Foto: Sylvio Coutinho / Divulgação
Há alguns meses atrás, falei em nosso programa na "Rádio B.A." do Boleiros da Arquibancada sobre o alto valor que, provavelmente, os clubes mineiros teriam que desembolsar se quisessem jogar no Mineirão, devido à privatização do estádio. Pois bem. Ontem à noite surge a noticia de que o Atlético Mineiro negocia (ou já negociou, pelo visto) a exclusividade do estádio Independência (foto), que está tendo suas obras concluídas. Obras essas que foram realizadas com dinheiro público. Esse é um ponto.
Como tudo em 'nosso' país, os estádios para a Copa do Mundo estão sendo feitos com dinheiro público, em quase sua totalidade. A discussão se é legal ou não já rendeu bastante e ficou por isso mesmo. Agora, surge outro ponto. Se o estádio é feito com dinheiro público, ele deveria ser de quem? Do Estado, ora bolas. Meu, de você que lê esse blog, ou de qualquer outro cidadão que contribuiu para a construção dos mesmos. Mas, no Brasil, não. Aqui o governo investe o dinheiro público (que nunca é pequeno), arca com as despesas e, sem mais nem menos, repassa o estádio para uma empresa da iniciativa privada, que fica com grande parte dos lucros por um período longo e negocia a participação de outros, no caso, os clubes, com quem quiser. É como se você construísse uma coisa qualquer e cedesse ao seu vizinho (ou ao seu colega, sei lá), de presente. É uma aberração. Se não é lucrativo a quem construiu, qual o objetivo de repassar o estádio para essas empresas?
Essa história de o Atlético ter exclusividade no Independência se deve a isso. A BWA (empresa responsável por venda de ingressos) terá 45% dos lucros, assim como o Atlético, que fechou o contrato com a mesma para que mande suas partidas lá. Naturalmente, sabemos que a média de público do Atlético é maior em relação aos outros clubes e, talvez seja esse o objetivo da BWA em fechar com o Galo. O Atlético, como não é bobo, negociou com a empresa e pode lucrar com isso, pois vai poder fazer o projeto de sócio torcedor com valores abusivos de ingresso, provavelmente. É bom deixar claro que eu não disse aqui que o Atlético está certo. Não está mesmo. O clube será outro que vai lucrar nas costas do estado. Mas o que me assusta é como esse tipo de ação é promovida com naturalidade em nosso país. A empresa da iniciativa privada não retirou uma moeda do bolso e, sem mais nem menos, fica com o lucro de quase metade do estádio. As empresas é que convidarão X ou Y para jogar num estádio que passará a ser dela! Não, isso está errado. Aqui em Minas, por exemplo, o governo ficaria com apenas 5% dos lucros. O América, clube que arrendou o estádio anteriormente, terá os outros 5%.
Privatização de coisa púbica. Se é ilegal, eu não sei. Mas que é imoral, ah, isso é.
Foto: Sylvio Coutinho / Divulgação
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
"Ai, se eu te piso"
E a história do pisão de Pepe em Messi ainda rende. Assistindo ao Sportscenter com Paulo Amigão e Antero Greco na ESPN na noite de ontem, descobri a figura de Fermí Fernández.
Caracterizado de Pepe, ele canta "Ai, se eu te piso", numa versão da música de Michel Teló direcionada a Messi e Fábregas. Espetacular. Assista:
Melhor é a aparição de Mourinho após a música. haha
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Dica musical do dia
Olá, amigos! Estava há muito sem passar por aqui. Aproveito para desejar um Feliz 2012 a todos vocês. Nesse novo ano atualizarei com maior frequência esse espaço (pelo menos pretendo).
Bom, nesse primeiro post do ano, vou postar a segunda matéria do quadro que estreei há pouco tempo, o "Dica musical do dia". Já que na primeira oportunidade postei sobre o bom rock dos Paralamas do Sucesso, vamos mudar um pouco o rumo das coisas. Vamos pro bom e velho samba.
Um dos álbuns que não sai da minha playlist é o "Cidade do Samba", de 2007. Há um ano atrás meu amigo Bruno Santana, daqui de BH, me apresentou esse CD e disse: "João, você vai gostar". Gostei mesmo. E esse é um álbum tão legal porque mistura artistas de várias ceitas musicais, todos cantando samba.
Vou citar todos, aleatoriamente, à medida em que me lembrar: Zeca Pagodinho (idealizador do projeto), Martinho da Vila, Gilberto Gil, Marjorie Estiano, Lenine, Zélia Duncan, Gabriel O Pensador, Fundo de Quintal, Marcelo D2, Pitty, Luiz Melodia, Seu Jorge, Erasmo Carlos, Nando Reis, João Bosco, Daniela Mercury, Ivan Lins, Mariana Aydar, Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Sombrinha, Grupo Revelação, Ivete Sangalo, Dudu Nobre, Chorão, Jair Rodrigues, Cláudia Leitte, Alcione, Elton Medeiros, Arlindo Cruz, Sandra de Sá, Roberto Silva, Roberta Sá, Nelson Sargento, Teresa Cristina, Dona Ivone Lara, Nilze Carvalho, Walter Alfaiate, Negra Li, Almir Guineto, Dorina, Vanessa da Mata, Monarco e Velha Guarda da Portela.
E o mais legal, além de ter todos esses grandes artistas, é a mistura entre eles. As músicas são cantadas em duetos (com exceção de uma das músicas, a qual citaremos a seguir). Uma mistura de estilos cantando samba.
Vou parar de falar e colocar um pouco de música pra vocês ouvirem também do que falo. Vou disponibilizar três que gosto mais. A faixa a qual me referi no parágrafo anterior, é essa que vem abaixo. "Onde a dor não tem razão", dos gigantes Paulinho da Viola e Elton Medeiros (que também está nesse CD/DVD), interpretada brilhantemente pelo mestre Monarco, Vanessa da Mata e pela eterna Velha Guarda da Portela. Uma pérola. Assistam:
Bom, nesse primeiro post do ano, vou postar a segunda matéria do quadro que estreei há pouco tempo, o "Dica musical do dia". Já que na primeira oportunidade postei sobre o bom rock dos Paralamas do Sucesso, vamos mudar um pouco o rumo das coisas. Vamos pro bom e velho samba.
Um dos álbuns que não sai da minha playlist é o "Cidade do Samba", de 2007. Há um ano atrás meu amigo Bruno Santana, daqui de BH, me apresentou esse CD e disse: "João, você vai gostar". Gostei mesmo. E esse é um álbum tão legal porque mistura artistas de várias ceitas musicais, todos cantando samba.
Vou citar todos, aleatoriamente, à medida em que me lembrar: Zeca Pagodinho (idealizador do projeto), Martinho da Vila, Gilberto Gil, Marjorie Estiano, Lenine, Zélia Duncan, Gabriel O Pensador, Fundo de Quintal, Marcelo D2, Pitty, Luiz Melodia, Seu Jorge, Erasmo Carlos, Nando Reis, João Bosco, Daniela Mercury, Ivan Lins, Mariana Aydar, Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Sombrinha, Grupo Revelação, Ivete Sangalo, Dudu Nobre, Chorão, Jair Rodrigues, Cláudia Leitte, Alcione, Elton Medeiros, Arlindo Cruz, Sandra de Sá, Roberto Silva, Roberta Sá, Nelson Sargento, Teresa Cristina, Dona Ivone Lara, Nilze Carvalho, Walter Alfaiate, Negra Li, Almir Guineto, Dorina, Vanessa da Mata, Monarco e Velha Guarda da Portela.
E o mais legal, além de ter todos esses grandes artistas, é a mistura entre eles. As músicas são cantadas em duetos (com exceção de uma das músicas, a qual citaremos a seguir). Uma mistura de estilos cantando samba.
Vou parar de falar e colocar um pouco de música pra vocês ouvirem também do que falo. Vou disponibilizar três que gosto mais. A faixa a qual me referi no parágrafo anterior, é essa que vem abaixo. "Onde a dor não tem razão", dos gigantes Paulinho da Viola e Elton Medeiros (que também está nesse CD/DVD), interpretada brilhantemente pelo mestre Monarco, Vanessa da Mata e pela eterna Velha Guarda da Portela. Uma pérola. Assistam:
Outra que gosto bastante é "Chiclete com Banana", com Gilberto Gil e Marjorie Estiano. Gil é um gênio da música popular, tenho CDs dele por aqui e fico mais fã a cada dia que passa. A Marjorie surgiu há pouco tempo na música, e a sua voz ficou muito legal nessa música também. Ah, a música é de autoria de Gordurinha e Almira Castilho. Se liguem só:
A terceira e última que posto também é sensacional. Luiz Melodia e Seu Jorge (ainda com a cabeleira que o caracterizava) interpretam "Diz que eu fui por aí", música composta por Hortêncio Rocha e Zé Keti.
Como diria D2, "salve, salve os verdadeiros arquitetos da música brasileira!"
Por hoje é isso, meus amigos. Espero que tenham gostado. Voltem sempre!
Um abraço,
João Vitor Cirilo.
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