Num jogão de bola, a Seleção Brasileira venceu a equipe de Portugal por 3 a 2, com todos os gols marcados por Oscar. O primeiro deles contou com um leve desvio da zaga portuguesa contra o patrimônio. A Seleção Brasileira marcou logo no início do jogo, mas levou o empate antes mesmo dos dez minutos iniciais. Foi sofrer o gol da virada na segunda etapa, em uma falha lamentável do goleiro Gabriel. Aliás, ambos os gols portugueses seguiram em falhas do sistema defensivo da seleção canarinho. Após o gol, o Brasil foi para o abafa e conseguiu empatar o jogo, que seria resolvido apenas na prorrogação.
Essa foi a oitava final da nossa seleção em Mundiais da Categoria. Ao todo, são cinco títulos (1983, 1985, 1993, 2003 e 2011) e três vice-campeonatos.
Foto: AP
O adversário de hoje era "osso duro". Portugal sequer havia sofrido um gol na competição. Havia. Porque logo aos 4 minutos, numa cobrança de falta de Oscar para a área, Sergio Oliveira subiu e desviou contra as próprias redes, para acabar com a invencibilidade do "guarda-redes" Mika. Brasil 1 a 0.
Portugal não se abateu e o sistema defensivo do Brasil falhou. Nas costas de Juan, Nelson Oliveira recebeu na ponta direita e cruzou para Alex empurrar, sem marcação. 1 a 1. Com menos de dez minutos, dois gols.
O jogo seguia emocionante. Na saída de bola, a Seleção Brasileira quase retomou a vantagem, após ver o goleiro Mika fazer bela defesa, a bola pegar na trave e parecer ter entrado, antes de Mika intervir novamente com um tapinha, retirando o perigo. A arbitragem disse que a bola não entrou e o jogo prosseguiu.
Depois de levar leve pressão portuguesa após o gol sofrido, o Brasil voltou ao jogo. Pressionou, mas as chances apareciam para ambos os lados. O caminho, para as duas equipes, parecia ser pelas laterais do campo, onde a ofensividade de um deixava espaços para o outro contra-atacar. Para o Brasil, as bolas aéreas sempre muito bem cobradas por Oscar tiravam a tranquilidade do arqueiro português.
Brasil comemora o primeiro gol do jogo.
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Ao intervalo, o técnico Ney Franco realizou duas mudanças no selecionado brasileiro. Gabriel Silva e Willian cederam seus lugares para Allan e Guilherme Negueba. Com a saída de Gabriel, Danilo foi deslocado para o setor esquerdo, e Allan entrou na lateral-direita. Mudanças para melhorar a marcação por aquele setor, que realmente apresentou falhas no primeiro tempo.
Novamente pelo setor esquerdo, Portugal chegou ao gol. Dessa vez, contou com uma ajudinha do goleirão Gabriel. Nelson Oliveira levou a bola pela esquerda e bateu cruzado. A bola passou por baixo dos braços do goleiro do Brasil, e Portugal virou o jogo aos 13 minutos. 2 a 1.
Restaria ao Brasil usar da velocidade para tentar "revirar" o jogo. Dudu entrou na vaga de Coutinho. Mudança promovida aos 16 minutos, mas que já deveria ter acontecido desde o início. Philippe Coutinho não esteve num nível de Seleção. Muito mal no jogo.
O Brasil se lançou ao ataque e ofereceu espaços. Portugal tentava aproveitar com muita velocidade, mas faltava inteligência. Faltou inteligência também ao zagueiro Juan, que pediu para ser expulso ao reclamar acintosamente com a arbitragem, que relevou o assunto. Não era momento pra isso.
Dudu, que em várias partidas nesse Mundial resolveu as paradas para nossa seleção, fez linda jogada pelo setor esquerdo e bateu pro gol. O goleirão Mika deu rebote e Oscar só empurrou. O Brasil voltou ao jogo. Aos 32 minutos da segunda etapa.
Oscar marcou o gol de empate da Seleção Brasileira.
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E o Brasil voltou ao jogo com toda a força. A pressão foi grande e Portugal não jogava mais, até os 40 minutos. Nos cinco minutos finais, a Seleção Portuguesa alugou o campo brasileiro e chegou em algumas oportunidades pelas laterais do campo, onde o Brasil ainda apresentava certa dificuldade para marcar. Allan entrou mal e Danilo não conseguiu marcar como Ney Franco quis quando o deslocou para a esquerda. O jogo foi para a prorrogação.
No tempo normal, alguns jogadores já sofriam na parte física, acusando cansaço. A superação seria o fator que a equipe vencedora deveria ter a mais no tempo extra.
A primeira chance de perigo da prorrogação foi para a equipe portuguesa. Aos 6 minutos, Caetano foi lançado em profundidade e, sem marcação alguma, tentou encobrir o goleiro Gabriel que se redimiu da falha no tempo normal, fazendo grande defesa e salvando o Brasil do pior.
As duas equipes se entregaram e correram bastante, mas o cansaço aumentado pela altitude de Bogotá prejudicou. E, em momentos como esse, a sorte tem que andar junto. Oscar puxou o lance pelo setor direito e, de cabeça baixa, tentou o cruzamento. A bola encobriu o goleiro Mika e oscar marcou um golaço, meio que "sem querer". Os deuses do futebol ajudaram. 3 a 2.
Portugal ainda perdeu um de seus atletas. O meio-campista Danilo saiu exausto de campo, sem condições de prosseguir e a equipe lusitana permaneceu os últimos cinco minutos da final com um jogador a menos em campo e ainda tentou pressionar. O Brasil ainda se deu ao luxo de perder um gol claríssimo, dentro da área, aos 12 minutos do segundo tempo do tempo extra.
O Brasil administrou a partida e saiu para a comemoração. Muito merecida, aliás. Excelente trabalho de Ney Franco, que continuará dando frutos ao selecionado brasileiro, que tem pela frente os Jogos Olímpicos.
Parabéns ao Brasil pelo título!
Portugal x Brasil
PORTUGAL:
1-Mika
8-Cédric (6-Júlio Alves)
4-Nuno Reis
5-Roderick
20-Mário Rui
2-Pelé
17-Sergio Oliveira
15-Danilo
10-Saná (18-Ricardo Dias)
14-Alex (11-Caetano)
7-Nelson Oliveira
Técnico: Ilídio Vale
BRASIL:
1-Gabriel
2-Danilo
3-Bruno Uvini
4-Juan
16-Gabriel Silva (14-Allan)
5-Fernando
8-Casemiro
10-Philippe Coutinho (7-Dudu)
11-Oscar
19-Willian (20-Negueba)
9-Henrique
Técnico: Ney Franco
Estádio: El Campín, em Bogotá, Colômbia.
Árbitro: Mark Geiger
Auxiliares: Mark Hurd e Joe Fletcher
Cartões amarelos: Roderick, Pelé, Nelson Oliveira, Júlio Alves, Saná, Nelson Oliveira (Portugal); Henrique, Juan (Brasil)
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