
Cruzeiro x Flamengo. Quarta-feira, 03 de agosto, às 21h50.
Foto: AP
O Barcelona vinha com uma equipe mista, formada por poucos titulares e alguns do time B, o que não quer dizer que o padrão de jogo seria diferente. Aos 14 minutos, veio uma prova disso, numa jogada ensaiada. Iniesta cobrou a falta curta, Keita rolou de primeira e deixou o brasileiro Thiago Alcãntara livre, sem marcação, na cara de Muriel que só teve o trabalho de deslocar o goleiro. 1 a 0 para o Barça.
Os catalães seguiram pressionando e dois minutos depois, aos 16, Afellay pegou o rebote na ponta esquerda e mandou uma bomba na trave. Depois disso, a equipe diminuiu um pouco o ritmo mas, quando chegava, chegava com perigo. Aos 26, Afellay chegou novamente fazendo bagunça pela esquerda e finalizando com perigo. Muriel trabalhou bastante nesse primeiro tempo.
O Internacional mantinha um esquema com muitos meio-campistas e insistia muito na ligação direta entre defesa e ataque. Damião estava muito isolado e pouco participava da partida. Apesar disso, o centroavante colorado levava vantagem contra os zagueiros espanhóis improvisados, quando acionado. Os gaúchos se perdiam na marcação sob pressão e no toque de bola do Barcelona.
O colorado veio pro jogo na segunda etapa, mudando um pouco o esquema tático com a entrada de Ricardo Goulart no lugar de Élton. Saiu do 4-3-2-1 para o 4-2-3-1.
No segundo tempo, o Inter foi quem começou assustando. Novamente em uma jogada de ligação direta, Leandro Damião ganhou mais uma, colocou na frente e finalizou para a defesa de Pinto, que havia entrado na segunda etapa.
E numa bola esticada, aos 9 minutos, Damião brigou com o goleiro Pinto e a bola sobrou para Nei empurrar para o gol vazio. 1 a 1.
Logo depois, quase o Inter empatou num lance de sorte. Andrezinho levou a bola à linha de fundo e tentou cruzar. A bola pegou na trave e saiu.
Mas quem conhece o Barcelona sabe que não se pode perder a atenção em um instante sequer. Bola na intermediária ofensiva do Barça, Jeffren recebeu a bola e colocou Jonathan dos Santos na cara do gol. Bolívar não marcou e Moledo deu condições. Jonathan teve calma para concluir e marcou o segundo gol do Barcelona. 2 a 1.
O Barcelona mudou toda sua equipe ao decorrer da etapa. Sendo assim, a equipe era formada por jogadores da equipe C, reforçada por Villa, Pedro e Abidal.
Damião prosseguia brigando com os zagueiros e ganhando todas. Quase marcou um golaço aos 39, quando Pinto tentou dribilar, deu um passe para o ataque colorado e Damião finalizou forte, por cobertura. Abidal salvou e mandou para escanteio. Escanteio que foi cobrado na esquerda e o camisa 9 do colorado subiu para cabecear pras redes. 2 a 2. Ele já merecia esse gol.
Jogo sem acréscimos e a partida foi definida nas penalidades.
Cobranças:
1ºB: David Villa foi para a primeira cobrança e guardou. 1x0.
1ºI: Kléber bateu o primeiro do colorado e empatou a sequência. 1x1.
2ºB: Jonathan dos Santos também marcou para o Barça. 2x1.
2ºI: Leandro Damião soltou a bomba e isolou. 2x1.
3ºB: Carmona marcou o terceiro e ampliou a vantagem. 3x1.
3ºI: João Paulo bateu forte, no meio do gol e fez. 3x2.
4ºB: Jeffren bateu mal e Muriel fez a defesa. Segue 3x2.
4ºI: A chance para o empate veio nos pés de Zé Mário que também isolou.
5ºB: A última cobrança foi de Armando que marcou. 4x2.
O Barcelona está na final da Copa Audi 2011 e enfrenta Bayern de Munique ou Milan, que se enfrentam na outra partida do torneio.
"A Posição João Pinto - O Vagabundo"
Quando o João Pinto (o do Benfica) apareceu, com aquela velocidade, aquela disponibilidade física, aquele talento, rapidamente trataram de arranjar um nome para a sua posição. Chamaram-na de"vagabundo", o jogador que não tinha posição. Estava na direita, depois na esquerda, aparecia no centro e na área a finalizar. Fazia golos, oferecia golos, dava nas vistas e a bola estava sempre com ele.
Parecia fazer sentido e como tudo o que é novo em Portugal, a posição "vagabundo"começou a ser adoptada em vários clubes e escalões. Todos os clubes tinham o seu"vagabundo". Geralmente era aquele jogador tecnicista que não gostava de correr para ajudar a equipa mas que fazia toda a diferença com a bola nos pés. Era o jogador ideal se o futebol fosse como andebol.
Os calões do futebol batiam à porta dos treinadores a pedir para jogar como o João Pinto:"Mister eu acho que a jogar como o João Pinto ajudava mais a equipa, sinto-me muito preso à minha posição." Quantos treinadores não ouviram esta história nos anos dourados do menino d'ouro?
Felizmente a evolução futebolística tratou de liquidar todos esses pseudo "vagabundos". Sim que ter um jogador tecnicamente mais evoluído era bom para a equipa, mas estar a transformar 10 jogadores para o benefício de apenas um tinha os dias contados. João Pinto não era vagabundo. João Pinto já jogava um futebol actual. Estava em todo o lado e tinha pulmão e pedalada para o fazer. Se fosse preciso ir de área a área para recuperar a bola, ele fazia-o.
Hoje em dia vemos uma equipa do Barcelona com 11 vagabundos. Sim que eles têm posições, todos eles, mas se for preciso, todos rodam entre si, e é por isso que as coisas resultam. Há disponibilidade e talento para tudo isso, coisa que o João Pinto já fazia há cerca de uma década, sozinho.
A posição vagabundo veio revolucionar o futebol mas só se tornou revolucionária quando os 11 elementos o passaram a ser e não quando um apenas o era. O futebol estático e quadrado resultou mas nada dá maior prazer do que assistir a 11 "vagabundos"a dar um "chocolate" dentro de campo.
Argentina 3x0 Costa Rica | |
23 – Romero | 18 – Moreira |
Técnico: Sergio Batista | Técnico: Ricardo La Volpe |
Árbitro: Victor Rivera, do Peru. Estádio: Mário Kempes, em Córdoba. | |
O “Dono do Jogo” Messi foi o “Dono do Jogo”. Motivo? Simplesmente por ser ele. Incontestável, deu duas assistências e deixou seus companheiros em condições de marcar por oito vezes na partida. (Foto: Getty Images) |
URUGUAI: Muslera, Maxi Pereira (Lodeiro), Lugano, Coates e Cáceres; Perez, Arévalo (Eguren) e Alvaro Pereira, Cavani (Gonzalez), Forlán e Suárez.
Técnico: Óscar Tabárez.
CHILE: Bravo, Contreras, Ponce e Jara (Valdívia); Isla, Medel, Vidal e Beausejour (Carmona); Jiménez; Sánchez e Suazo (Paredes).
Técnico: Claudio Borghi
A partida foi realizada no Estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza. Teve arbitragem de Carlos Amarília.
Foto: AFP